segunda-feira, 28 de novembro de 2011

SEMANA DA CARIDADE - Escola de Espiritualidade

SEMANA DA CARIDADE

É preciso pedir a fé para obter o amor. É preciso obter o amor do Espírito Santo para obter o poder.

DESEJARIA; NUNCA TE TER OFENDIDO, PORQUE, TU SABES, ÉS O AMOR! DESEJARIA TER-TE AMADO MUITO, ENQUANTO EU, ESTULTO, RETARDEI TANTO. QUERERIA LEVAR A TI O MUNDO INTEIRO, CONVERTIDO DE VERDADE E...PARA SEMPRE.

  REVESTE-ME, SENHOR, COM O PODER DO TEU AMOR, A FIM DE QUE NÃO SINTA AS VERTIGENS DO CORAÇÃO! 

                O homem bom tira coisas boas do bom tesouro do seu coração, e o homem mau tira coisas más do seu mau tesouro, porque a boca fala daquilo de que o coração está cheio. Por que me chamais: Senhor, Senhor...e não fazeis o que digo? (Lc 6, 45-46)
Ele sonda o abismo e o coração humano, e penetra os seus pensamentos mais sutis. (Eclo 42, 18)

                Fazei tudo para a glória de Deus. (1Co 10,31)
(Dos escritos de Franca - Setembro de 1967)
(...) Jesus, Amor, tu és o único que nunca me tem desiludido. Vida, vida minha, eu te amo! Se não estou com Jesus com o pensamento me sinto quase em náuseas. Agrada-me estar com o próximo enquanto posso servi-lo ou ajudá-lo em qualquer coisa, mas depois, no tempo livre, estou bem somente com Deus. Eu o sinto dentro de mim, no profundo do coração. Ontem ele me disse:
Franca... Fazes-me bem quando me renovas o teu amor! Eu, de fato, não sei mais do que fazê-lo em pequeninos corações. Quero tudo, porque dei tudo de mim a ti.
1.       PROCURAR A GLÓRIA DE DEUS
Quem possui a verdadeira caridade em nenhuma coisa procura a si mesmo, mas cegamente deseja que tudo seja feito para glória de Deus.  Além disso, não tem inveja de ninguém, porque não ama a própria satisfação, nem deseja fechar-se em si, mas deseja sobre todas as coisas estar feliz em Deus. Não atribui algum bem às criaturas, mas totalmente o refere a Deus, da qual tudo deriva como de uma fonte e na qual todos os santos, alegremente gozam no seu repouso. Quem tem uma centelha de caridade verdadeira em si compreende que todas as coisas terrenas são como vaidades.
Insultados, abençoamos; perseguidos, suportamos; caluniados, consolamos! ( 1Co 4, 12)
Do Congresso de Quito (Equador)
Os carismas ordenam-se, além do serviço para a comunidade e à glória de Deus (1 Pd 4, 10-11). Quando uma comunidade, uma Igreja invoca a glória de Deus, com freqüência derramam-se os carismas, para experimentar e proclamar a glória com mais poder. Esperamos encontrá-los na Igreja de sempre, como Paulo. Ao encontrá-los em Corinto esperava encontrá-los, também, em Roma (Rm 12, 4-8).
-Será o amor um carisma maior?
Em Paulo (1 Cor 12, 31;13, 10), o amor, a caridade ( ágape palavra que a Vulgata traduz com charitas), não é, propriamente, um carisma, senão um caminho mais excelente, que dará sentido e autenticidade aos carismas, quase como um critério supremo de discernimento. Denomine-se carisma ou não, amor (kharis), deve ser a principal e maior aspiração de qualquer carismático, pois é o amor da Trindade...
-Serão santos, no sentido estrito, os que possuem carismas?
A santidade seria o ideal e o critério, por excelência, do discernimento. Entretanto, o Espírito Santo atua aonde e como quer...até na jumenta, ignorante, teimosa, visionária e loquaz de Balaão (Nm 22,22ss).
O Senhor irritou-se com sua partida, e o anjo do Senhor pôs-se-lhe no caminho como obstáculo. Balaão cavalgava em sua jumenta, acompanhado de seus dois servos. A jumenta, vendo o anjo do Senhor postado no caminho, com uma espada desembainhada na mão, desviou-se e seguiu pelo campo; o adivinho a fustigava para fazê-la voltar ao caminho. Então o anjo do Senhor pôs-se num caminho estreito que passava por entre as vinhas, com um muro de cada lado. Vendo-o, a jumenta coseu-se com o muro, ferindo contra ele o pé de Balaão, que a fustigou de novo. O anjo do Senhor deteve-se de novo mais adiante em uma passagem estreita, onde não havia espaço para se desviar nem para a direita nem para a esquerda. A jumenta, ao vê-lo, deitou-se debaixo de Balaão, o qual, encolerizado, a fustigava mais fortemente com seu bastão. Então o Senhor abriu a boca da jumenta, que disse a Balaão: “Que te fiz eu? Por que me bateste já três vezes?” – “Porque zombaste de mim, respondeu ele. Ah, se eu tivesse uma espada na mão! Ter-te-ia já matado!”. A jumenta replicou: “Acaso não sou eu a tua jumenta, a qual montaste até o dia de hoje? Tenho eu porventura o costume de proceder assim contigo? -  “Não”, respondeu ele. Então o Senhor abriu os olhos de Balaão, e ele viu o anjo do Senhor que estava no caminho com a espada desembainhada na mão. Inclinou-se e prostrou-se por terra. “Porque, disse-lhe o anjo do Senhor, feriste três vezes a tua jumenta? Eu vim opor-me a ti, porque segues um caminho que te leva ao precipício. Vendo-me, a tua jumenta desviou-se por três vezes diante de mim. Se ela não o tivesse feito, ter-te-ia já matado, e ela ficaria viva”. Balaão disse ao anjo do Senhor: “Pequei. Eu não sabia que estavas postado no caminho para deter-me. Se minha viagem te desagrada, voltarei”.
Se lermos nas entrelinhas, o que passa na comunidade de Corinto, não se trata de um modelo de santidade, pois todos nela, começando por aqueles possuidores de dons (pneumatikoi: 1Cor 3, 1-3; 14,37) podem ser pecadores e não necessariamente serem salvos, como já advertia o Senhor aos que diziam fazerem prodígios em seu nome (Mt 7, 21-23). Podem existir pessoas, com dons autênticos e que não se comportam corretamente. Um bom desafio para o discernimento.
(Das cartas de Santa Catarina de Sena)
 Eu vos escrevo... desejosa de vos ver alicerçadas  na verdadeira e perfeita caridade, veste nupcial que deve ter a alma convidada para as núpcias da vida eterna. Porque, se não possuirmos essa veste, seremos excluídos das núpcias da vida eterna.  O bondoso Jesus convida a todos nós, e a todos dá a veste da sua graça que recebemos no batismo. Trata-se ao mesmo tempo de um dom e de um convite. No batismo é tirada a mancha do pecado original e concedida a graça. Assim a criança batizada, se morrer na sua pureza, alcança a vida eterna na força do precioso sangue de Cristo Crucificado, que lhe concede o vigor. Mas sobrevivendo, ao atingir a idade do discernimento, o cristão pode aceitar ou não aquele convite batismal. Se não o fizer, será reprovado pelo Senhor das núpcias e será lançado para fora (cf.Mt 22,13), se for encontrado sem essa veste nupcial. Por que motivo? Porque não cumpriu as promessas batismais, que consistem na renúncia ao demônio, ao mundo e a si mesmo, isto é, à própria sensualidade. Toda pessoa deve agir assim, qualquer que seja o seu estado de vida. Deus não olha as posições sociais, mas as santas aspirações. Quem não observa o compromisso assumido, torna-se um ladrão, apossando-se do que não lhe pertence. Por isso, com justiça é afastado de Deus, que faz amarrar seus pés e suas mãos e ser atirado nas trevas exteriores. Amarram-lhe os “pés” do amor, já não podendo desejar a Deus. E aos que morrem em estado de pecado mortal e vão para o estado de condenação, amarram-se também as “mãos” das boas obras,de modo que já não poderão apossar-se do prêmio da vida eterna. Este é dado aos verdadeiros combatentes, que por amor à virtude lutam contra os vícios. Àqueles outros é dado o alimento da morte, fruto de suas más ações.                            
Amai os vossos inimigos, fazei o bem e emprestai, sem daí esperar nada. E grande será a vossa recompensa e sereis filhos do Altíssimo, porque ele bom para com os ingratos e maus. (Lc 6, 35)
Não vos lamenteis uns dos outros, para que não sejais julgados ( Tg 5, 9)
Sede misericordiosos, como também vosso Pai é misericordioso. Não julgueis, e não sereis julgados; não condeneis, e não sereis condenados; perdoai, e sereis perdoados; daí, e dar-se-vos-á. ( Lc 6 36-38)
A caridade é paciente, a caridade é bondosa. Não tem inveja. A caridade não é orgulhosa. Não é arrogante. Nem escandalosa. Não busca os seus próprios interesses, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se rejubila com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. (1Cor 13, 4-7)
 (Dos escritos de Franca - 22.12.67)
(...) Meu Jesus... Peço-te Amor, ainda Amor, sempre Amor. Não existe medida no amar-te.
(...) Quero que a minha Igreja se faça de amor! (09.01.68)
10.01.68 (Para um sacerdote)
(...) Inoculo é somente o meu amor. Quero almas amantes, não importa o lugar. Quero almas apaixonadas por mim, não importa o próprio estado terreno; quero almas amantes (...). Este é o Reino de Deus que se deve preparar sobre a terra!     
CAMINHOS E MEIO DE SANTIDADE (Lumen Gentium)
“Deus é Amor. Quem permanece no amor, permanece em Deus e Deus nele” (1Jo 4,16). Deus derrama seu amor em nossos corações pelo Espírito Santo, que nos é dado (cf. Rm 5,5). O dom primordial, pois, e absolutamente necessário é o amor com que amamos Deus sobre todas as coisas e o próximo por causa dele. Mas para que a caridade cresça e frutifique na alma, como boa semente, cada um deve estar pronto para ouvir a palavra de Deus, cumprir a sua vontade, com o auxílio da Graça, participar freqüentemente dos sacramentos e do culto, especialmente da eucaristia, entregar-se constantemente à oração, `a abnegação de si mesmo, ao serviço fraterno e ao exercício da virtude. O amor é o vínculo  da perfeição e a plenitude da lei ( Cl 3, 14; Rm 13, 10). Orienta, dá forma e acabamento a todos os outros meios de santificação. Por isso o amor para com Deus e para com o próximo é o sinal do verdadeiro discípulo de Cristo.
Jesus, o Filho de Deus, manifestou seu amor dando sua vida por nós. Não há maior amor do que dar a vida por ele e por seus irmãos (cf. 1Jo 3, 16; Jo 15,13). Desde os primeiros tempos até os dias de hoje, alguns cristãos foram chamados a dar esse testemunho supremo diante de todos, especialmente dos perseguidores. É o martírio, considerado pela Igreja dom supremo e prova máxima de amor, pois, ao aceitar livremente a morte pela salvação do mundo, o discípulo se assemelha ao mestre, igualando-o no derramamento do próprio sangue. Poucos recebem este dom, mas todos devem estar preparados para confessar a Cristo diante dos homens e segui-lo no caminho da cruz, em meio às perseguições que nunca faltam à Igreja.
A santidade da Igreja  se sustenta ainda de modo especial pela observância dos muitos conselhos que o Senhor propôs aos seus discípulos no Evangelho. Em primeiro lugar, o precioso dom da graça divina feito ao Pai (cf. Mt 19, 11; 1 Cor 7,7), àqueles que na virgindade e no celibato oferecem unicamente a Deus seu coração indiviso (cf. 1 Cor 7, 32-34) e a ele se consagram totalmente. A Igreja sempre teve em grande conta esta prática da continência perfeita por causa do reino dos céus, considerando-a sinal e estímulo do amor, fonte espiritual particularmente fecunda para o mundo.
A Igreja medita na admoestação do apóstolo. Estimulando os fiéis ao amor, ele os exorta a terem os mesmos sentimentos do Cristo Jesus, que “se esvaziou a si mesmo, assumiu a condição de servo e se tornou obediente até a morte”(Fl 2, 7-8) “fazendo-se pobre por “nossa causa”, “apesar de rico”(2 Cor 8,9). É indispensável que a Igreja como mãe dê em todo tempo o testemunho e o exemplo deste amor e desta humildade. Por isso, se alegra de contar em seu seio com homens e mulheres que seguem de perto o Senhor e claramente proclamam o aniquilamento do salvador, abraçando a pobreza com a liberdade de filhos de Deus e renunciando às suas próprias vontades. Submetem-se a outros, por causa de Deus, ultrapassando, na perfeição, a medida do preceito, para se tornarem mais próximos da obediência praticada por Cristo.
Todos os fiéis são chamados e obrigados a buscar a perfeição do próprio estado de vida. Cuidem, pois, de manter o coração reto, para que o uso das coisas terrestres e o apego às riquezas não seja um obstáculo ao espírito evangélico de pobreza, nem à busca da perfeição do amor, conforme a admoestação do apóstolo: Os que usam deste mundo passageiro,a ele não se apeguem (cf. 1Cor 7,31)
(Da Carta de Franca)
21.12.67
(...) Amo tanto a Jesus, ele está verdadeiramente no meu coração acima de qualquer criatura. É o meu Dono e eu sou a sua escrava apaixonada, escrava por vontade sua e minha. Quero fazer sempre a...corte a Jesus. Quem poderá acreditar no fogo imenso que tenho aqui dentro? Às vezes, parece-me até mesmo de queimar por dentro. E o bem que desejo a minha Mãe Celeste? Aprendi, todas as vezes que estou a lavar os pratos, em dizer um louvor por cada prato que lavo e que é colocado no escorredor de pratos. Penso em Deus e nela sempre, sempre e desde já com o pensamento não consigo separar-me mais (...)
(Dos escritos de Franca)
Estou feliz, porque Jesus me disse que não se retirará de mim. Amo a Deus sobre todas as coisas. Nesta época de transplantes, peço a Jesus que transplante o seu coração no meu. Quem é maior do que o nosso Deus?
Sabedoria 7,26: “(A Sabedoria) é uma efusão da luz eterna, um espelho sem mancha da atividade de Deus e uma imagem de sua santidade.”                       
13.07.68 (Falando da fidelidade)
(...) Esta..., é como uma urna que fecha o coração. Ai de quem não cuida da sua fragilidade e a destrói. Destrói o amor porque um é depositário do outro. (...) O primeiro sinal da fidelidade é de amar-me na aridez...
31.10.68
Sede santos. Sede santos. Amai-vos no meu nome, porque já vos conheceis na mente do meu Pai.
06.03.73
Amai-vos e não murmureis entre vós. Recordai-vos que eu reprovei Aarão porque resmungava contra Moisés, seu irmão. (O episódio está em Números 12,6-10)
O SENHOR REINA, ALEGREMO-NOS, POIS ELE VEM!

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