sexta-feira, 10 de setembro de 2010

FINALIDADES DO MC


O Movimento Carismático de Assis se define,então, como uma comunhão de fiéis (sacerdotes, leigos e religiosos ) que se propõe a:

1. Promover a conscientização e uso ordenado dos carismas extraordinários, discernidos pela Hierarquia à qual compete o discernimento e a aprovação dos dons, que o Espírito santo distribui à sua Igreja hoje.

-Sempre presentes na história e na vida da Igreja e à origem mesmo dos impulsos eficazes e duradouros da renovação eclesial, os carismas extraordinários parecem estar presentes, em medida considerável, na comunidade eclesial contemporânea e, para alguns, constituem um fenômeno histórico sem precedentes, pela multiformidade e por uma geral convergência nas indicações de fundo.
Embora, por sua natureza, os dons extraordinários sejam delicados e capazes de expor a pessoa que foi dotada a não poucas dificuldades, sobretudo no contexto da sociedade contemporânea, o Concílio Vaticano II exorta a uma necessária e ao mesmo tempo prudente acolhida:

" E estes carismas extraordinários ou mais simples e mais amplamente difundidos, devem ser recebidos com gratidão e consolação, pois que são perfeitamente acomodados e úteis às necessidades da Igreja. Os dons extraordinários, todavia, não devem ser temerariamente pedidos, nem deles devem presunçosamente ser esperados frutos de obras apostólicas". (LUMEM GENTIUM, n.12 b)

2. Aprofundar assuntos que dizem respeito diretamente à problemática dos carismas, para que esta realidade seja compreendida no contexto maior da vida do povo de Deus.

O MC, através de um próprio e especializado Centro de estudos, se propõe a estimular o estudo e o aprofundamento de temas teológicos, bíblicos e espirituais, conexos á problemática dos carismas extraordinários.
São aspectos da vida da Igreja que devem estar presentes seja à pessoa carismática, seja aos pastores envolvidos no discernimento dos dons especiais, difundidos pelo Espírito Santo entre seus fiéis.
Torna-se, assim, obrigatório uma reflexão sobre a dimensão pneumatológica da Igreja, que o MC quer aprofundar junto com outros movimentos ou centros interessados neste aspecto.

3. A formação espiritual dos próprios membros e o acompanhamento pastoral das pessoas eventualmente agraciadas de carismas extraordinários, favorecendo a confluência numa unidade orante e operante.

Para promover a formação espiritual dos próprios membros e para alcançar o objetivo de acompanhar pastoralmente as pessoas interessadas, ou eventualmente favorecidas de carismas extraordinários, em vista de uma unidade operante a serviço da evangelização, o Movimento Carismático de Assis oferece aos seus membros e às pessoas que a ele se dirigem subsídios específicos, fruto do carisma de fundação do Movimento:

a) Uma ajuda às pessoas, de maneira especial envolvidas nos carismas, para que mantenham o equilíbrio necessário e fundamental diante de qualquer acontecimento ou dom especial, assim como diante de qualquer posição que a Hierarquia possa vir a assumir, depois de um lúcido discernimento.

b) Um estímulo aos seus membros e às pessoas interessadas para que se tornem verdadeiras pessoas de oração, que saibam rezar bem, buscando a intimidade com Deus, sabendo bendizer a vontade de Deus, também quando podem encontrar oposição ou sofrer humilhação na vivência do seu carisma.

c) Uma atenção toda especial á vida da Igreja de hoje, em todas as suas dimensões e com toda sua riqueza e limitações, para que o aspecto carismático não seja absolutizado ou faça assumir uma atitude redutiva diante dos outros aspectos da vida da Igreja.

d) Um compromisso real, portanto, é pedido a cada membro com a vida da Igreja, servindo na sua comunidade eclesial e favorecendo sua participação ativa e fiel nela. Tal compromisso deverá ser discernido com os responsáveis pela comunidade eclesial ou pela Hierarquia da Igreja local.

e) A maneira de organizar-se e de conduzir-se na experiência de evnetuais carismáticos, sublinhando sobretudo a atitude de filial obediência que o carismático deve ter para com a Hierarquia da Igreja e destacando-se os perigos, aos quais ele pode ser exposto.


                              

"PAI SANTÍSSIMO QUEREMOS SER
TEUS SERVOS E SERVOS DE MARIA.
ANTES DE COMEÇAR QUALQUER TRABALHO,
QUEREMOS OFERECER-TE AS NOSSAS MÃOS.
NAS NOSSAS ATIVIDADES QUEREMOS CUMPRIR
A VONTADE DE MARIA, RAINHA DO MC.
ABENÇOA, ENTÃO, AS NOSSAS MÃOS,
AS NOSSAS INTENÇÕES DE BEM.
DÁ TU, Ó MARIA, ÍNICIO AOS TRABALHOS
E NÓS TE SEGUIREMOS COM FIDELIDADE.




Música Oração do Equilibrio


Escute e aprenda a oração nesta nova melodia para o VI Congresso

VI Congresso do MC - A luz que vence as trevas


VI Congresso Nacional do MC



Os cristãos são chamados a serem luz do mundo (Mt 5, 14) que afugenta as trevas nele presentes. Os simpatizantes, amigos e membros do MC são chamados, de maneira especial, a resplandecerem nas trevas do ódio, das mentiras e das injustiças do mundo atual, para que o Amor renove os nossos corações e santifique a nossa vida.
A luz que vence as trevas é só Jesus Cristo, porém Ele quer neste tempo ajudar a sua Igreja a se lembrar que ela se fundamenta nos apóstolos (a hierarquia) e nos profetas (os confidentes), fazendo-se assim necessário descobrir, reconhecer, avaliar e acolher os profetas e confidentes que hoje o Espírito Santo suscita no meio do povo de Deus.
O VI Congresso Nacional do MC a ser realizado na cidade de Manaus, no Amazonas, trará uma ótima oportunidade para refletirmos juntos sobre esta temática, para aprofundar o valor do MC obra de Deus, para iluminar as situações de trevas que se fazem presentes em nossa vida.

“Igreja carismática, Igreja Santa, Igreja de Amor… grita-o a todos: É com o amor que estou para chegar. Somente por amor eu posso restaurar as coisas e o estou fazendo com todos vocês. Como a luz resplandece nas trevas… Assim vós, também, resplandecereis sobre o ódio do mundo…”. (FR, 21.04.1972…)

“Como o demônio está irado com este Congresso e como ele deseja que não se realize, que todos rezem, intercedam, pois este Congresso será uma derrota muito grande para ele e a vitória do MC sobre grandes obstáculos e barreiras, que levará à luz da verdade na mente, principalmente, de muitos sacerdotes, que compreenderão as obras e os carismas de Deus e, assim, tantos sacerdotes chegarão ao MC. Eu quero trazer muitos, muitos sacerdotes ao MC, como nunca aconteceu na história do meu Movimento”. (EG. 22.11.09).

-FEIRA – 15 DE OUTUBRO


17h Credenciamento dos participantes

17h50 Abertura do congresso

18h20 Conferência: MC = Movimento Carismático de Assis, a luz que vence as trevas (Pe. João Pedro Cornado, SI)



SÁBADO – 16 DE OUTUBRO

08h Acolhida e momento de oração

09h Conferência: As trevas que o MC deve iluminar (Prof. Dr. Marcelo Bastos Seráfico de Assis Carvalho)

10h15 Intervalo

10h45 Conferência: MC = Meu Cristo, a luz que vence as trevas (Pe. José de Anchieta Lima Costa, SI)

12h Intervalo

14h Testemunhos de cristãos, que são exemplo de luzes que venceram as trevas

16h Intervalo

16h30 Conferência: MC = Mãos Consagradas, luzes que vencem as trevas (Dom Júlio Terán Dutari)



DOMINGO – 17 DE OUTUBRO

08h Acolhida e momento de oração

09h Conferência: MC = Meus Confidentes, luzes que vencem as trevas (Frei Carlos Acácio Gonçalves Ferreira)

10h15 Intervalo

10h45 Missa do Congresso com consagrações

12h Intervalo

14h Testemunhos de cristãos, que são luzes que vencem as trevas

16h Conferência: MC = Mãe Celeste, a luz que vence as trevas (Pe. Adilton Pinto Lopes)

17h30 Encerramento do Congresso – Ação de Graças



INSCRIÇÕES

Data limite para as inscrições:


5/10 - Para inscrições de participantes de fora de Manaus

10/10 - Para inscrições de participantes de Manaus



Taxa de Inscrição

O valor de inscrição no Congresso é de R$ 20,00 (vinte reais). Em face dos compromissos assumidos para a consolidação do evento, não haverá devolução, em hipótese alguma, do valor pago, ainda que parcial.



Informações sobre os planos



Dispomos dos seguintes planos:



Descrição Valor

Plano A Inscrição + Almoço R$ 30,00

Plano B Inscrição + Almoço + Translado* R$ 80,00

Plano C Inscrição + Almoço + Casa de Retiro** + Translado R$ 230,00



* Translado inclui:

a) trecho aeroporto para casa de retiro ou hotel indicado pela organização do congresso;

b) trecho casa de retiro ou hotel indicado para o local do congresso;

c) trecho local do congresso para casa de retiro ou hotel indicado.



** Casa de Retiro inclui: período de 15 a 17 de outubro de 2010. Estadias com entrada e/ou saída antes ou depois deste período favor contactar a organização do Congresso.



Orientações para efetuar a inscrição

Para efetuar a inscrição:

- Faça o download da ficha de inscrição;

- Preencha completamente a ficha de inscrição;

- Efetue o depósito referente ao pagamento da inscrição;

- Envie a ficha de inscrição preenchida e o comprovante de depósito para:

- e-mail: inscricoes@congressomc2010.com.br

ou

- fax: (92) 2129-2008

- Confirmaremos as inscrições enviadas por e-mail ou telefone, por isso preencha corretamente suas informações.



Para efetuar a inscrição pessoalmente:

- Efetue o depósito referente ao pagamento da inscrição;

- Dirija-se a Secretaria da Igreja de São Sebastião (Centro), para preenchimento da ficha de inscrição e entrega de cópia do comprovante de depósito, nos seguintes horários:

• Segunda a sexta-feira pela manhã: 8h -12h;

• Segunda a sexta-feira pela tarde: 14h – 17h30;

• Sábados das 8h às 12h.



Informações para depósito referente ao pagamento da inscrição

Para pagar a inscrição no Congresso efetue depósito identificado conforme dados abaixo:

- Banco: Bradesco

- Agência: 3712-5

- Conta: 00143189, em nome de Maristela Silva e Raimunda Paschoalino


Clique na ficha de inscrição com o botão direito do mouse e selecione imprimir

MC -UM SERVIÇO À IGREJA

O Movimento Carismático de Assis é um serviço à Igreja, realizado na Igreja e para a Igreja, sentindo-se membro vivo e atuante desta mesma Igreja. Quer ser um movimento eclesial na sua origem, nas seus conteúdos e nas suas finalidades.
Nascido em força de uma inspiração vindo do Senhor, o Movimento Carismático vive e opera em comunhão com a missão da Igreja e com seus Pastores, segundo o caminho de inovação do Concílio Vaticano II, distinto de outra corrente carismática que é a Renovação Carismática (RCC), mas com a mesma atenção ao Espírito Santo.

DIFERENÇAS ENTRE MC X RCC

A Renovação Carismática (RCC) é um movimento voltado ao despertar dos dons e fazer a experiência do Pentecostes, . Atua, em comunhão com o sucessor de Pedro, que busca “... a redescoberta da presença e ação do espírito, que age na igreja, quer sacramentalmente, sobretudo mediante a confirmação, quer através de múltiplos carismas, cargos e ministérios por ele suscitados para o bem dela...”, (T.M.A., 45), propiciando assim a seus membros uma constante e progressiva renovação espiritual.
A Renovação Carismática Católica esforça-se para descobrir, no Senhor, a dimensão do serviço. Nela, mais do que como um governo, a liderança se caracteriza como um oferecimento de serviço para aqueles que o desejam. (estatuto do ICCRS – preâmbulo I e II). Teve origem com um retiro espiritual realizado nos dias 17-19 de fevereiro de 1967, na Universidade de Duquesne (Pittsburgh, Pensylvania, EUA)

O Movimento Carismático de Assis, fundado aos 29 de agosto do mesmo ano, tem sua inspiração e sua condução, por obra do Senhor, inserindo-se no ensinamento da Hierarquia da Igreja nestes últimos anos:

" O discernimento do coração eclesial não depende unicamente da instituição dos ministérios e dos sacramentos, mas é promovido também por inesperados e livres dons do Espírito, que opera também, mas além de todos os canais estabelecidos."

Diante de tais dons, o Movimento Carismático de Assis se coloca como meio de indicação de respeito e de devida valorização da dimensão profética na Igreja, sempre unida à dimensão hierárquica da qual necessariamente depende e com a qual  quer favorecer o discernimento dos carismas extraordinários.
Diante de soluções demasiado fáceis, como o banir ou o desacreditar pessoas que se apresentam como carismáticas, porque facilmente consideradas perigosas pela confusão que podem gerar na comunidade eclesial, assim com diante da igualmente fácil atitude de acolher, sem discernimento, tudo que se apresentar ou ter aparência de extraordinário, o Movimento Carismático de Assis contrapõe, com São Paulo, a necessidade do esforço do discernimento e da valorização daquilo que é bom (1 Tes. 5,21).

Se por um lado Deus faz despertar os carismas e os dons, em vários grupos da RCC ou  nos vários segmentos da Igreja, movimentos, na vida de muitos leigos e até mesmo  na vida de muitas pessoas,pertencentes a outras denominações cristãs, por outro, Ele faz nascer o MC como ponte entre as pessoas carismáticas, mais conhecidas como confidenrtes, para ser um contato e uma ligação entre estas almas e a Igreja, que fará no final, o discernimento do carisma apresentado e acolhido, fazendo uso para o bem da comunidade eclesial.

Só assim a Igreja poderá construir aquele "dique" necessário para conter o pseudo-carismático (1Jo 4,1) que está se alastrando no meio dos fiéis, cujas expressões clamorosas não concorrem à edificação da Igreja.

EXISTEM FALSOS CARISMAS E FALSOS CONFIDENTES?

Com certeza, mas isto não é motivo para banir e rejeitar todas as outras manifestações e dons extraordinários, como sendo provenientes do espírito maligno ou decorreente de uma patologia ou esquizofrenia. Assim como Deus age procurando semear os seus dons e as suas graças, o maligno procura colocar a cizânia e a erva daninha, em tudo aquilo que pertence a Deus, para criar confusão e repulsa total à obra de amor. Ninguém deve tomar juízo e decidir se algun dom ou carisma extraordinário seja verdadeiro ou não, pois isto compete somente a Igreja:

" O justo juízo sobre a autencidade ( dos carismas) e seu ordenado exercício compete aos que governam a Igreja. A eles em especial cabe não extinguir o Espírito, mas provar as coisas e ficar com o que é bom (1Tess 5, 12 e 19, 21)". ( LUMEM GENTIUM 12,b)

Assim sendo, ninguém  pense que possa fazer sozinho uma justa avaliação de si mesmo ou de seu dom, tendo-o como verdadeiro e digno de ser acolhido, vindo de Deus, achando que deve agir do seu jeito, onde deseja e como deseja. Em se tratando de almas e de fiéis da Igreja, a Hierarquia zela bem da comunidade eclesial e das almas, obedecendo ao mandato de Cristo e a sua missão Evangeliadora de educadora na fé.

" O discernimento dos carismas extraordinários, cabe expressamente à Hierarquia da Igreja. Nenhum carisma pode subsistir sem esta referência e dependência dos pastores da Igreja."

Neste contexto se situa o MC, querendo prestar, sem pretensões, um serviço de ajuda à Igreja, favovercendo o encontro entre a Hierarquia e os carismáticos (confidentes). Quer perseguir o interesse dos pastores da Igreja para que, sem preconceitos ou fanatismos, acolham, valorizem e assumam o discernimento destes dons, pois a eles cabe este dever.
Ao mesmo tempo, quer ajudar as pessoas, que pensam ter algum carisma especial, para que saibam administrar este dom de acordo com as disposições da Igreja e tenham a humildade de apresentá-lo ao discernimento da Hierarquia.
O MC se apresenta como uma ponte entre os pastores da Igreja e os carismáticos, querendo favorecer o encontro, o conhecimento e os discernimento destas pessoas, muitas vezes marginalizadas e banidas da comunidade eclesial ou sem orientação específica de como levar adiante este dom.

Jesus à Franca, disse uma vez que um falso carismático é considerado um carisma asmático. Quantos sãos os carismas asmáticos existentes atualmente na Igreja, nas comunidades  e em muitos lugares sendo acolhidos como verdadeiros e dignos, vindos de Deus?  Façamos o discernimento, aprendamos com a Igreja,vivamos a nossa espiritualidade e assim a luz de Deus vencerá as trevas que desejam confundir todas coisas e muitos féis.

MARIA, RAINHA DO MC


MÃE, RAINHA DO AMOR,
TU, QUE ENTENDES DAS COISAS DE DEUS,
TOMA-ME PELA MÃO;
SOBRETUDO NESTAS HORAS
E, SOBRE A MINHA ARIDEZ,
ESTENDE AO MENOS O TEU CALOR.

ORAÇÃO DO EQUILIBRIO



Ó INTENSA LUZ DO MEU DEUS,
VEM EM MEU AUXÍLIO.
ENSINA-ME A FALAR,
AJUDA-ME A CALAR,
GUIA-ME NO CAMINHAR,
FAZE-ME PARAR PARA ME DETER CONTIGO,
A FIM DE QUE CADA PALAVRA, DITA OU CALADA,
CADA PASSO, FEITO OU RECUSADO,
TUDO SEJA NA PERFEITA VONTADE DE DEUS.
TODOS OS TEUS QUENTES RAIOS, Ó LUZ DIVINA,
ME DÊEM O EQUILÍBRIO DOS SANTOS. AMÉM!



ORAÇÃO DO "EU SOU"


EU SOU O INVENCÍVEL;
EU SOU O IMPOSSÍVEL QUE POSSO;
EU SOU O INALCANÇÁVEL QUE ALCANÇA;
EU SOU O INUMERÁVEL ROSTO;
EU SOU O FOGO ARDENTE;
EU SOU O FIO CONDUTOR;
EU SOU A VERDADE QUE CAMINHA;
EU SOU O ATO DE AMOR,
NUNCA BASTANTE PENETRADO;
EU SOU O PRESENTE SEMPRE,
MESMO QUANDO SOU O AUSENTE;
EU SOU A ONDA PERENE
E ETERNA SOBRE O MUNDO;
EU SOU A ESSÊNCIA DO AMOR,
O MONTE DOS AROMAS;
EU SOU O OLHO DO MOVIMENTO
EM CADA MOVIMENTO;
EU SOU O LOUVOR NO MOVIMENTO
E VOS TRAREI O VENTO DA LUZ,
O VENTO DA VITÓRIA E DA PAZ;
EU SOU O INCÊNDIO
E NENHUMA FORÇA PODERÁ NUNCA DIMINUIR-ME,
PORQUE O MEU COMBUSTÍVEL É O AMOR;
EU SOU VERDADE NA VIDA E VIDA NA VERDADE;
EU SOU A MORTE DA MORTE;
EU SOU O JUGO DO INFERNO;
SOU EU QUE TRAÇO;
SOU EU QUE CALO;
SOU EU QUE FALO.

DEUS É LUZ. A LUZ DE DEUS É O PRINCÍPIO DA VIDA

1. “Disse Deus: faça-se a luz. E a luz apareceu. Deus viu que a luz era boa” (Gén. 1,3). A criação da luz é a afirmação clara de que, ao criar, Deus faz as suas criaturas participar na sua realidade divina. A criação do Céu e da Terra é manifestação do poder divino; a criação da luz revela o desejo de Deus de se comunicar. A terra estava vaga, vazia, coberta das trevas; a criação da luz diz-nos que Deus, na sua realidade misteriosa, encerra o sentido e o destino da criação; por isso Deus começou pela criação da luz, porque Deus é luz e há-de revelar-se como tal em toda a sua ação criadora, continuada na solicitude providente em relação à criação e, de modo particular, na história da salvação. O êxito da criação está ligado à sua participação na luz de Deus. Nesta criação da luz começa a longa vigília da criação e da humanidade em busca da sua verdade definitiva. Na plenitude final, a “nova criação”, viverá da luz de Deus. “Poderá dispensar o brilho do sol e da lua, porque a glória de Deus a iluminou e o Cordeiro é o seu luzeiro. As nações caminharão à sua luz” (Apoc. 21,23-24).
Deus criou a luz para vencer as trevas e “separar a luz das trevas” (Gen. 1,4). Aquele momento final significará a vitória definitiva da luz sobre as trevas, e este triunfo é realizado por um homem em Quem só brilha a luz de Deus, Jesus Cristo. No texto do Gênesis, a luz significa, sem dúvida, a realidade divina. E as trevas? Significam a ausência de Deus: ausência de vida, mesmo ausência de ser. Aquelas trevas significavam o nada, a ausência de ser, à letra, o deserto e o vazio (cf. 2M. 7,28). É a criação da luz que traz a vida. Mas quando esta não exprime Deus, passa a fazer parte das trevas. O combate entre a luz e as trevas passar-se-á, durante toda a duração do tempo e da história, no campo da vida e da busca da sua verdade definitiva. O reconhecimento de Deus como fonte da vida, continua a ser o problema decisivo da humanidade. É uma confusão da mentalidade contemporânea fazer crer que, para o homem, acreditar em Deus ou não acreditar, são atitudes equivalentes, com igual sentido para o destino do homem.

2. A luz criada torna-se num símbolo poderoso do mistério de Deus, ao ponto de se poder dizer que Deus é luz, com a mesma força com que se afirmará, no Novo Testamento, que Ele é amor. A luz e o fogo são sinais da presença de Deus. Sempre que Este se manifesta fá-lo envolto na luz e no fogo. O Livro da Sabedoria une, na mesma realidade divina, Deus, a sabedoria e a luz. A sabedoria “é um sopro do poder divino, a efusão puríssima da glória do Todo Poderoso… É um reflexo da luz eterna (…) Ela é, com efeito, mais bela que o sol, ultrapassa todas as constelações, comparada com a luz, ela leva a melhor” (Sap. 7,25-29). Deus veste-se de luz (Sl. 104,2) e aqueles que, como Moisés, contataram com a intimidade de Deus, ficaram com o rosto luminoso (cf. Ex. 34,30).
Esta identificação entre Deus e a luz é explícita, no Novo Testamento. São João afirma-o claramente: “Deus é luz, n’Ele não há trevas” (1Jo. 1,5). Jesus diz de Si Mesmo: “Enquanto eu estiver no mundo, sou a luz do mundo” (Jo. 9,5). “Quem Me segue não caminha nas trevas, mas terá a luz da vida” (Jo. 8,12).
A identificação de Cristo com a luz é uma afirmação da sua divindade e da vitória definitiva da luz sobre as trevas, da vida sobre a morte, da graça sobre o pecado. “Ele era a vida de todos os seres e a vida era a luz dos homens e a luz brilhou nas trevas e as trevas não puderam vencê-la” (Jo. 1,4-5). A ressurreição de Cristo é o triunfo da luz.
Também aqui as trevas significam a ruptura com Deus, o tentar viver separado de Deus, o que significa afastar-se da vida. Restabelecer a comunhão com Deus, em Jesus Cristo ressuscitado, participar da Sua vida divina, significa deixar-se inundar pela sua luz, ser luz em Cristo. É no batismo que somos inundados por essa luz e todo o caminho da fidelidade cristã consiste em não impedir essa luz de brilhar, para que ilumine os outros. Foi por isso que o Concílio definiu a Igreja como “luz dos povos” (LG. n.1), porque nela deve brilhar no mundo a luz de Cristo.
A vitória da luz sobre as trevas é uma longa caminhada, significada nesta vigília, onde a luz tem as honras da própria divindade de Cristo. O batismo é um mergulhar na luz, deixar-se penetrar por ela, de modo a que possa sempre vencer as trevas que persistem em nós. Mas esta luz é Cristo; só nos iluminará enquanto permanecermos unidos a Ele, um com Ele, que nos faz mergulhar na luz de Deus.
Ao identificar Deus com a luz e com o amor, a Sagrada Escritura abre um pouco o véu da nossa vida em Deus, na luz eterna. Em vez de imaginarmos uma sobrevivência das formas que temos como seres corpóreos e materiais, é-nos sugerido que a eternidade é um mergulhar nessa fonte eterna da luz, onde só se subsiste amando. “Passará a figura deste mundo” (cf. 1Co. 7,312; G.S. n. 39).

3. Pelo batismo, a luz de Cristo penetra no coração do homem e ilumina a existência, na sua caminhada de fidelidade e de progressiva identificação com Cristo. Mas a experiência dessa luz é discreta e humilde, é a luz que tenta dissipar as trevas da nossa fragilidade pecadora. A luz de Cristo está presente, em nós, sobretudo na “luz da fé”. O Concílio afirma: “A fé ilumina todas as coisas com uma luz nova e faz-nos conhecer a vontade divina acerca da vocação integral do homem, orientando o espírito para soluções verdadeiramente humanas” (G.S. n. 11).
A fé não é uma simples escolha ou decisão da vontade humana. É um mergulhar na luz de Cristo, participando na sua ressurreição; pela fé, a luz de Cristo brilha na nossa realidade humana que, vista a uma tal luz, redescobre a verdade profunda do seu mistério. A nossa intimidade com Cristo torna-nos mais permeáveis à sua luz, que nos proporciona uma visão mais verdadeira sobre todas as coisas. Mas tenhamos consciência de que durante toda a nossa vida, esta luz da fé é uma energia que tem de vencer obstáculos. A fidelidade cristã exprime-se no esforço de nos tornarmos sensíveis à luz de Cristo.
A primeira coisa que esta luz nos faz ver de forma mais clara é o desígnio de Deus, a vontade do Senhor a nosso respeito. É luz que ilumina a nossa realidade e faz ver claro a nossa vocação e os caminhos pessoais concretos para a nossa fidelidade. A luz de Cristo faz-nos conhecer melhor Deus e o seu desígnio.
A nossa identificação com Cristo, leva-nos a uma visão profunda sobre o mistério do homem, sobre nós e a nossa realidade. “De fato, só no mistério do Verbo encarnado se ilumina verdadeiramente o mistério do homem” (G.S. n. 22). A plenitude de vida de que o homem é capaz e pela qual anseia, a sua dignidade, a exigência do amor fraterno, o sentido da vida e da morte, são iluminados por Cristo ressuscitado.
A “luz da fé” vem ao encontro de outras luzes de que o homem é dotado, de modo particular a da inteligência. A “luz da fé” faz brilhar, com maior intensidade, a luz da inteligência, tornando-a capaz de penetrar no mais íntimo da realidade. O nosso coração e a nossa vontade são particularmente iluminados por esta luz, que faz desabrochar, assim, a consciência moral, isto é, a busca da vida como procura dos caminhos do bem, do amor, da justiça e da paz.

O MC DE ASSIS É OBRA DE LUZ

Os cristãos são chamados a serem luz do mundo (Mt 5,14) que afugenta as trevas nele presentes. Os simpatizantes, amigos e membros do MC são chamados, de maneira especial, a resplandecerem nas trevas do ódio, das mentiras e das injustiças do mundo atual, para que o amor renove os nossos corações e santifique a nossa vida.

" A Igreja Carismática, Igreja Santa, Igreja de Amor...grita-o a todos: É com amor que estou para chegar. Somente por amor eu posso restaurar as coisas e o estou fazendo com todos vocês. Como a luz resplandece nas trevas...Assim vós, também, resplandecereis sobre o ódio do mundo..."

A partir do seu carisma de fundação, o MC compreende que o amor à verdade e à justiça é fundamental para a sua própria vida e quer partilhar com os outros segmentos da Igreja o que o Senhor lhe revelou a respeito disso.

"Ajudai-nos a trazer à superfície a verdade, toda a verdade, em todos os nós sociais, religiosos, morais, que impedem que ela venha à luz."

O MOVIMENTO CARISMÁTICO DE ASSIS (MC), OBRA DE DEUS

O Movimento Carismático de Assis (MC) surge no meio do povo de Deus como um presente, uma dádiva de amor do nosso Deus que deseja despertar, por meio dele, o interesse, a abertura e a acolhida dos carismas e profetas, que o Espírito Santo revela e suscita no meio do povo de Deus e nas diferentes culturas.
O MC é obra de Deus. Quem participa do nosso Movimento sabe muito bem como é verdadeira esta afirmação, pois desde o começo esta obra pertence ao Senhor, que se serviu de Franca, uma pobre mulher italiana, mãe de família, sem muita instrução para fundar este Movimento.
Muitos foram os apelos lançados pelo SDenhor ao coração de Franca, para que a Hierarquia da Igreja Católica e de outras Igrejas cristãs e não cristãs acolhessem o pedido inicial de fundar uma " associação" de almas agraciadas por dons extraordinários.

" Gastai-vos por Mim, é urgente sobre a terra o Movimento Carismático. Realizai esta idéia de meu Pai, início da Era do Espírito Santo..."

Dentro de suas possibilidades e limitações, Franca tentou sensibilizar os padres, pastores e bispos das Igrejas, para que acolhessem esta obra de Deus. Para ter certeza de que esta obra fosse verdadeiramente um pedido de Deus, o padre espiritual pediu à Franca que o Senhor confirmasse esta obra com alguns milagres, que de fato se realizaram.
Deus nunca age na história humana sem pedir a colaboração de suas criaturas. Assim suscitou aos poucos pessoas, que, acreditando nesta obra, se uniram à Franca, para apoiar esta iniciativa do Senhor. Estávamos entre os anos de 1966 e 1967 e foi extamente em 29 de agosto de 1967 que se "acendeu" em Assis a primeira chama do Movimento Carismático", quando Franca participava da Santa Missa na Igreja de São Rufino, em Assis.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

As ANGÚSTIAS DE QUEM VÊ


Extraído do Diário de Franca
(15/03/67)

Foi a própria Franca quem colocou este título quando escreveu este livro, para partilhar o sofrimento, pelo qual deve passar uma pessoa, que sinceramente quer discernir se tudo o que se passa no seu coração vem de Deus ou não.

Quantas coisas gostaria de "gritar" neste momento, também para a maioria dos sacerdotes, que, com extrema facilidade, chegam a colocar dificuldades até no confessionário às pessoas que ousam confiar a eles fatos deste tipo. Assim, se eles por primeiro são incrédulos, imaginem o que deveriam dizer os familiares ou o resto do mundo, que infelizmente é o que é.
Mas a alma sabe interiormente que tudo é verdade, sabe que a luz resplandece nas trevas, e as trevas têm dififuldade para compreendeê-la. Mesmo que todo mundo estivesse contra, a alma que foi privilegiada com estes dons, dentro de si, ela esta segura.
O que caracteriza estas almas, mesmo depois de uma coisa extraordinária, é uma fé maior. Uma fé certa, segura, enorme, tão sólida que faz exclamar: " Estou disposta a morrer para testemunhar o além ou para .testemunhar Jesus ou Maria!
Entretanto, não se supõe que seja preciso ser santos para receber de Deus dons especiais. Saulo não era certamente santo e como ele muitos outros. O tempo eventualmente poderá nos santificar, embora eu pense que não haja maior santificação do que ter que suportar a angústia do silêncio.
Eu fiz uma comparação: é como se eu fosse um peixe que, de improviso, subiu à superfície da água e viu: o céu, o ar, os navios, o sol, as estrelas, todas as coisas de um outro mundo e, em seguida mergulhado na água, o admoestassem: " Ai de ti se falas ( ainda disso), nada é verdadeiro, tudo é fantasia."
E eu vos asseguro que se a fantasia de um peixe não pode chegar às coisas dos homens, da mesma maneira digo que a fantasia humanda não pode chegar às coisas de Deus. É uma necessidade impelente que se acredite, nem tanto para nós, mas pela Igreja!
Oh, se os sacerdotes, nos deixassem falar e nos tomassem em maior consideração!


NÃO É PRECISO PENSAR NISSO

Além da angústia do silêncio, existe uma outra mais terrível. Os confessores, todos, sustentam que não é preciso se apegar, não é preciso pensar nisso. Se soubessem como é difícil! Se soubessem que coisa descomunal pedem, quando pedem isso! Não digo que não tenham razão; devemos de fato amar o Deus das consolações e não as consolações de Deus.
Contudo, é exatamente por esta angústia que os diretores de almas deveriam estar mais próximos a nós. Ao contrário, além de termos esta doce pretensão, para nós, terrível angústia; somos deixadas de lado, como se fôssemos seres diferentes, que se bastam a si mesmos. Se compreendessem a delicada sensibilidade, o sofrimento, o perigo de eprder a confiança dos próprios confessores, pelo fato de insistir e sustentar o que se vê! Para nós não é motivo de admiração que não aconteçam milagres, porque a fé quanto um grão de mostarda é rara demais. Eis porque as montanhas não se deslocam; o Evangelho nos assegura que os apóstolos de então e futuros teriam feito os mesmos milagres. Mas hoje, quantos são estes apóstolos que possuem esta fé?
Fé significa " confiança". A confiança que o Senhor quer de nossa parte. De outro modo, nasce a observação de Jesus a Tomé: " Tu acreditaste porque viste."

MC É RECONHECIDO DEFINITIVAMENTE NA ARQUIDIOCESE DE SÃO SALVADOR E EM MANAUS

Estimados irmãos e irmãs

O Senhor reina! Alegremo-nos, pois Ele vem!

Alegremo-nos, pois o Movimento Carismático de Assis foi reconhecido como Associação Pública de Fiéis por sua Excelência Reverendíssima, o Cardeal Arcebispo de São Salvador da Bahia, Primaz do Brasil, Dom Geraldo Majella Agnelo e como Movimento Eclesial, por sua Excelência Reverendíssima, Dom Luiz Soares Vieira, Vice-Presidente da CNBB e Arcebispo Metorpolitano de Manaus. Estes reconhecimentos nos proporcionam maior unidade junto à Hierarquia, bem como junto aos confidentes e aos leigos. Também nos incentiva a aprofundar mais e mais a nossa espiritualidade e o nosso carisma de fundação; mostrar para que serve o MC; a tornar conhecida a sua espiritualidade a serviço da Arquidiocese, em comunhão com as Paróquias, os Movimentos, as Pastorais e as Ordens Religiosas.




domingo, 5 de setembro de 2010

A IMPORTÂNCIA DO MC NA HIERARQUIA DA IGREJA

" UM VERDADEIRO MEMBRO DO MC DEVE SABER ZELAR PELO BEM DO MESMO MOVIMENTO" (07.02.88)

"QUERO REUNIDOS OS CARISMÁTICOS VERDADEIROS PARA ORAREM JUNTOS. ORANDO JUNTOS OBTERÃO MILAGRES DO CÉU"

Partindo deste pedido do Senhor a Franca nós podemos compreender " de forma mais específica que o grupo do MC ajudará localmente a Hierarquia da Igreja, para que ela faça o discernimento dos carismas que aparecerem e autorize o uso dos que, reconhecidos verdadeiros, possam servir para o bem da comunidade eclesial. ( A vida do grupo do MC de Assis, p.9)

Devemos notar três palavras, neste primeiro conceito de aprofundamento das finalidades do MC na ajuda do discernimento dos carismas:

O GRUPO DO MC--->>>   ajudará a Hierarquia;
A HIERARQUIA---->>>>  fará o discernimento dos carismas ( não o MC)
                                            ela autorizará o uso ( não o MC), a fim de que possam servir para o bem da comunidade eclesial;

"SE DOIS ESTÃO UNIDOS NA CAMINHADA CARISMÁTICA, EU ESTOU COM ELES"

( Do Congresso de Maceió-AL)

Por que será que, através de locuações interiores a confidentes, Nosso Senhor Jesus Cristo manifesta tanto interesse e quase urge que se façam congressos nacionais do MC? Nós temos esta experiência...Parece que o Senhor está com uma certa pressa que se reúnam os carismáticos entre si e com a Hierarquia da Igreja, para uma estreita colaboração entre a Igreja Hierárquica e a Igreja Carismática. Como já sabemos, não se trata de duas Igrejas, mas de duas dimensões da única Igreja Católica Apostólica Romana, querida por Nosso Senhor Jesus Cristo. (Padre João Pedro Cornado)

COMO O MC AJUDARÁ A HIERARQUIA DA IGREJA NESTE TRABALHO DE DISCERNIMENTO?

MC--->>> acolhendo os confidentes, ajudando-os e orientando-os:

1. A amarem a verdade e a justiça;
2. A rezarem bem, unidos e com o coração;
3. A serem humildes e fiéis à Hierarquia da Igreja.

" A ORAÇÃO DOS CARISMÁTICOS UNIDOS É SEIVA VITAL"

O Movimento Carismático de Assis é um serviço à Igreja, realizado na Igreja e para a Igreja, sentindo-se membro vivo e atuante desta mesma Igreja. ( Do Congresso de Manaus, p.9)
Um grupo do MC é sempre ponto de referência e de ajuda para pessoas que se acham " confidentes ou carismáticas" e que pedem aos membros do MC para serem ajudadas ou acolhidas nas suas manifestações. Vale novamente ressaltar que não cabe ao grupo do MC fazer o discernimento ou avaliar o confidente, mas ajudá-lo sim, para que saiba como administrar o fato de forma equilibrada e em harmonia com as disposições da Diocese local, onde ele se encontra, favorecendo contatos com a Hierarquia. Cabe então a alguém do grupo manter contatos mais estreito com estas pessoas, levá-las ao MC, dar-lhes apoio, manter contato constante e, sobretudo, oferecer-lhe as orientações próprias ao caso de cada uma.

" A ORAÇÃO É O OXIGÊNIO DO CARISMA EXERCITADO"

Diante de tais dons, o Movimento Carismático de Assis se coloca como meio de indicação de respeito e de devida valorização da dimensão profética na Igreja, sempre unida à dimensão Hierárquica do qual necessariamente depende e com a qual quer favorecer o discernimento dos carismas extraordinários.

PROMOVER A CONSCIENTIZAÇÃO E O USO ORDENADO DOS CARISMAS

(Do Congresso de Manaus)

Sempre presentes na história e na vida da Igreja e à origem mesmo dos impulsos eficazes e duradouros da renovação eclesial, os carismas extraordinários parecem estar presentes, em medida considerável, na comunidade eclesial contemporânea e, para alguns, constituem um fenômeno histórico sem precedentes, pela multiformidade e por uma geral convergência nas indicações de fundo.
Embora, por sua natureza, os dons extraordinários sejam delicados e capazes de expor a pessoa que for dotada a não poucas dificuldades, sobretudo no contexto da sociedade contemporânea, o Concílio Vaticano II exorta a uma necessária e ao mesmo tempo prudente acolhida:
" E nestes termos extraordinários ou mais simples ou mais amplamente difundidos, devem ser recebidos com gratidão e consolação, pois são perfeitamente acomodados e úteis às necessidades da Igreja. Os dons extraordinários, todavia, não devem ser temerariamente pedidos, nem deles devem presunçosamente ser esperados frutos de obras apostólicas". ( LUMEM GENTIUM, n. 12b)

" NÓS QUEREMOS AS RAÍZES DA ALMA E DO CORAÇÃO DAQUELES QUE TEMOS FAVORECIDO. SE ASSIM SE DEREM, SE, ORANDO, ENTRAREM ATÉ ÀS RAÍZES DO SEU INTERIOR...ENTÃO NÃO TEMERÃO JAMAIS COISA ALGUMA DAQUILO QUE FAZEMOS. É TUDO PELA SUA COMPLETA VITÓRIA."

Quando há uma pessoa que reúna em si estas características ( um autêntico "vidente", como se costuma dizer, ou melhor dizendo, um confidente, uma pessoa submissa ao Espírito por meio de carismas particulares), é Deus quem se comunica na sua Igreja e nos faz sentir a presença do único mediador Jesus Cristo e o impulso do seu Espírito, apesar de todas as limitações humanas. Isto pode significar hoje em dia um maravilhoso dom do Senhor ao seu povo, um dom a mais -talves pequenino, mas valioso - no meio de todo este tesouro de graças que Ele não cessa de comunicar aos seus, na sua Igreja." ( Dom Julio Terán Dutari, SJ)

AS MOÇÕES DO ESPÍRITO NÃO SÃO LOCUÇÕES, NÃO SÃO LUZES, MAS BROTAM IGUALMENTE DO SER. AS MOÇÕES SANTAS SÃO IGUALMENTE DADAS POR MIM. QUANDO FORDES PRIVADOS DELAS, ISTO É, SEM MOÇÃO, É PORQUE ESTOU SILENCIOSAMENTE CONTROLANDO A VOSSA AÇÃO."

Locuções de Jesus à Franca

" Existem pessoas que desejam entrar ainda mais na intimidade comigo. Dizei-lhes: Quem não me dá a própria mente, desembaraçando-a de todo racionalismo próprio não poderá jamais sentir-me no coração. No coração me sentem aqueles que se abandonam também com a mente."

Um coração sincero que me diz aquilo quie verdadeiramente sente é o melhor holocausto, o melhor palácio, o melhor movimento que se me possa dar..."

" Os puros de coração são aqueles que têm um coração novo. Obtêm-no, exercitando-o no amor. Trabalham com o coração, com o coração falam, com o coração esperam, renunciam, amam. Não brincam com o coração do outro, não jogam; são fiéis pacientes e altruístas. O bom uso do coração é a flor da pureza, faz brotar os sentimentos de Deus e Deus se dá a eles...também para ver."

" Armai-vos de paciência, de santa paciência. Aprendei de mim, sobretudo, nos momentos de prova. Pedi-me a porção necessário de paciência."

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

História

O Movimento Carismático de Assis foi fundado no dia 29 de agosto de 1967, na cidade de Assis, Itália. Franca Cornado, casada e mãe de quatro filhos, recebeu o chamado do Senhor. Por que o dia 29 de agosto é uma data importante para o MC? Porque foi justamente no dia 29 de agosto de 1967,que teve início o Mc e se acendeu a primeira chama do Movimento Carismático de Assis.
Foi assim que o Senhor falou ao coração de Dona Franca, que se encontrava na Catedral de Assis (Itália), participando da Missa de um sacerdote, para o qual ela tinha colocado a sua experiência extraordinária e que soube entendê-la, porque ele também era carismáctico. A partir desta data foi aos poucos se desenvolvendo o movimento.
Mas também, um dia explicou que, nesta data, recorria a festa do martírio de São João Batista. Assim comno o Batista foi o precursor de Jesus, assim devia ser para o MC, ser o precursor na Igreja de um novo Petencostes, que Deus está preparando para seus filhos...
Então a imagem de São João Batista é para nós algo muito significativo. Não é simplesmente uma coincidência de datas, mas uma coincidência de missão, tornando assim muito querido aos nossos corações a figura de São João Batista. A experiência dele vai nos ajudar a saber ser os precursores, nos dias de hoje, de um novo Petencostes que Deus quer e já está realizando entre nós.


FRANCA DEL RI CORNADO


Cronologia da sua vida




1924: nasce no dia 13 de abril, na rua Villa Glori,n.6, domingo de ramos, na festa do Hosana e da Paixão.

1924: recebe o sacramento do batismo no dia 21 de abril, na Igreja paroquial do bairro Fiumicello. O seu tio Francesco di Novara foi o seu padrinho.

1925: cai da sacada de casa quando tinha apenas um ano e meio de vida. Foi salva milagrosamente porque cai entre os braços de um vizinho que transitava tranqüilamente, lendo o jornal com os braços abertos.

1925: nasce o seu irmão João no dia 26 de setembro.

1930: inicia dos seus estudos na escola elementar em Brescia, na rua Villa Glori.

1932: no dia 15 de maio fez a primeira comunhão e a crisma em Fiumicello.

1933: nasce o irmão Luigi que morre no dia 11 de fevereiro.

1935: tem a sua primeira visão.

1936: inicia a escola do magistrado inferior em Brescia.

1936: morre o seu pai.

1936: transferimento da família a Beliinzago Novarese.

1938: termina a escola com a licença comercial em Novara.

1939: retorna a Brescia. Obtêm um emprego junto à Secretaria de Fascio e o segundo junto a sociedade telefônica Stipel.

1939: conhece o seu futuro marido João Cornado no dia 28 de maio.

1943: no dia 25 de julho ocorre o seu matrimônio na Igreja dos Santos Faustino e Giovita.

1944: nasce o seu primeiro filho João Pedro no dia 23 de julho.

1946: nasce a sua filha Beatriz no dia 06 de fevereiro.

1948: morre o seu irmão Gianni

1949: nasce o seu filho Fernando no dia 06 de maio.

1952: encontro com Padre Justino Carpin, seu primeiro diretor espiritual.

1953: nasce a sua filha Daniela no dia 12 de fevereiro.

1957: recebe o hábito da Terceira Ordem dos Franciscanos no dia 16 de junho.

1958: primeiros fenômenos extraordinários.

1959: ocorre a sua profissão solene na Terceira Ordem dos Franciscanos no dia 25 de janeiro.

1958-1965: período de silêncio e de sofrimentos espirituais.

1966: viagem a Lourdes (França)

1966: ocorrem outros fenômenos extraordinários.

1967: cura milagrosa de um tumor ósseo no dia 26 de abril.

1967: funda o Movimento Carismático, no dia 29 de agosto, em Assis.

1971: primeira viagem ao Brasil, lugar de missão do filho sacerdote João Pedro.

1978: sofre um acidente de carro.

1982: dezembro/ janeiro de 1983: segunda viagem ao Brasil.

1983: morre o marido João no dia 09 de agosto.

1989: morre a sua mãe Maria no dia 28 de março.

1993: Franca morre a Brescia no dia 10 de janeiro.



“A vida do meu espírito”, foi esta a expressão que Franca definiu a história do seu relacionamento com Deus e o nascimento do Movimento Carismático de Assis, por ela fundado, aos 29 de agosto de 1967.

No contexto de uma biografia exterior, procuramos colher o caminho espiritual e cronológico finalizado no nascimento do Movimento; assim sendo, examinamos o itinerário espiritual de Franca somente na medida em que encontramos a nossa finalidade.

Tal riqueza espiritual, ainda toda a aprofundar, se move numa situação externa nutrida de contrastes, trabalhos, deságios, sofrimentos físicos e morais, suspiros, lágrimas, sustentados por uma fé “louca”, que nunca se inclinou ou diminuiu diante das mais terríveis provações, terreno fértil, para que o trabalho interior da graça pudesse tecer a sua alma e prepará-la a acolher o Senhor em plenitude e totalmente.

Com a simplicidade do seu ser, Franca andou diretamente a Deus; com o amor à verdade conquistou a serenidade da mente e do espírito; com o “nada” atraiu o olhar misericordioso do Pai sobre si, que do “nada operante”a transformou em “vida operante”; com o amor aceitou o projeto de Deus, procurando realizá-lo, numa decisão total à sua vontade.

O seu sim incondicional ao Senhor que a chama a “coisas grandes”, a coragem em enfrentar os riscos de uma missão nova na Igreja, os sacrifícios e os sofrimentos por agir, segundo a vontade do Pai, na prática constante e fiel do seu amor por Ele, são outros meios de santidade, não menos válidos das experiências ascéticas ou das grandes penitências ao qual se submetiam os santos do nosso passado.

Em particular, por meio dos seus diários, conseguimos colher uma riqueza interior fascinante que conquista e convida à imitação.

Os seus diálogos com Jesus revelam uma fineza espiritual e testemunham as maravilhas que o Senhor cumpre nas almas humildes, simples, que vivem somente para Ele.

Mulher de fé e de esperança, que vencia cada limite, se pode dizer dela; enérgica e alegre, sempre interiormente serena mesmo em meio as tempestades mais violentas. Serenidade, alegria, paz interior recebeu como dons do Espírito e conquista da sua fé, dócil à graça.

Até os seus doze anos, a vida de Franca foi serena e tranqüila, mas com a morte do pai, iniciou-se um duro caminho nos ensinamentos da cruz que se junta também com uma difícil vida matrimonial.

Mantendo-se, porém, fiel e paciente, fez do seu matrimônio a tradução concreta daquele amor por Deus que habitava no seu coração desde pequena. Amor vivido no respeito de cada mandamento e na dedicação à família que lhe permitiu vencer cada obstáculo.

Em Franca se comungava o amor a Eucaristia e a devoção a Nossa Senhora, fundamentos da sua profunda vida espiritual. A reza do rosário, a Liturgia das Horas e outras formas de piedade eram o seu pão cotidiano, expressões de uma vida interior que se traduzia na dança do coração, em oração pessoal que jorrava do seu transbordante amor por Deus.

Ela viveu uma oração contínua. Qualquer coisa que fizesse, se mantinha sempre na presença de Deus, rezando, pensando nele, dialogando, caminhando, trabalhando com Ele e para Ele. Tudo cumpria imersa em Deus, no abandono mais completo.

Com a fundação do Movimento Carismático, precedentemente sentido no “vivo” da sua experiência pessoal, novas dificuldades aparentemente sem solução, se juntavam ao seu já pesado cotidiano.

Como pode realizar tudo isto?

No encontro com Cristo Crucificado, na glória de Cristo ressuscitado e com Maria, a Mãe de Deus. Com eles descobriu o segredo do amor exclusivo de Deus, da fé, da vida no Espírito que vale mais do que toda a vida material e com esta riqueza, realizou aquilo que o Senhor desejava dela, na mais total submissão à Igreja, Mãe e Mestra, e na absoluta obediência a sua Hierarquia.

Amor, fé, fidelidade, submissão; obediência são as bases sobre o qual Franca enraizou o Movimento Carismático.

Se com a nossa pequena fadiga conseguimos, ao menos em parte, comunicar aos membros do Movimento a riqueza do espírito da nossa Fundadora, tornando-a honrosa, faremos sim que se realize aquilo que o Senhor deseja de nós e de cada pessoa: “Olhem como se amam!”

A vocação espiritual que Franca desejou para o Movimento Carismático é o amor, mas qual amor?

Aquele do Eu SOU, aquele do fogo:

Amai-vos com o meu fogo”, disse um dia Jesus a ela.

Esta é a peculiaridade espiritual do nosso Movimento, para realizar a unidade: amar-nos com um amor assim ardente para purificarmos e queimarmos todas as escórias das divisões com o Fogo, com a presença do amor de Cristo que diz: “Não temam, sou eu!”

No Novo Testamento, o “EU SOU”, se torna o “SOU EU” em nós, uma presença particular de Deus, esponsal e real juntas:

Deus é nupcialidade, Deus é realeza!

Franca não nos deixou bens terrenos, nos deixou a si mesma, o seu espírito, a sua alma, a sua recordação, o seu exemplo, os seus ensinamentos, para sermos anunciadores e testemunhas como ela, dos “novos céus e nova terra”.