sexta-feira, 10 de setembro de 2010

DEUS É LUZ. A LUZ DE DEUS É O PRINCÍPIO DA VIDA

1. “Disse Deus: faça-se a luz. E a luz apareceu. Deus viu que a luz era boa” (Gén. 1,3). A criação da luz é a afirmação clara de que, ao criar, Deus faz as suas criaturas participar na sua realidade divina. A criação do Céu e da Terra é manifestação do poder divino; a criação da luz revela o desejo de Deus de se comunicar. A terra estava vaga, vazia, coberta das trevas; a criação da luz diz-nos que Deus, na sua realidade misteriosa, encerra o sentido e o destino da criação; por isso Deus começou pela criação da luz, porque Deus é luz e há-de revelar-se como tal em toda a sua ação criadora, continuada na solicitude providente em relação à criação e, de modo particular, na história da salvação. O êxito da criação está ligado à sua participação na luz de Deus. Nesta criação da luz começa a longa vigília da criação e da humanidade em busca da sua verdade definitiva. Na plenitude final, a “nova criação”, viverá da luz de Deus. “Poderá dispensar o brilho do sol e da lua, porque a glória de Deus a iluminou e o Cordeiro é o seu luzeiro. As nações caminharão à sua luz” (Apoc. 21,23-24).
Deus criou a luz para vencer as trevas e “separar a luz das trevas” (Gen. 1,4). Aquele momento final significará a vitória definitiva da luz sobre as trevas, e este triunfo é realizado por um homem em Quem só brilha a luz de Deus, Jesus Cristo. No texto do Gênesis, a luz significa, sem dúvida, a realidade divina. E as trevas? Significam a ausência de Deus: ausência de vida, mesmo ausência de ser. Aquelas trevas significavam o nada, a ausência de ser, à letra, o deserto e o vazio (cf. 2M. 7,28). É a criação da luz que traz a vida. Mas quando esta não exprime Deus, passa a fazer parte das trevas. O combate entre a luz e as trevas passar-se-á, durante toda a duração do tempo e da história, no campo da vida e da busca da sua verdade definitiva. O reconhecimento de Deus como fonte da vida, continua a ser o problema decisivo da humanidade. É uma confusão da mentalidade contemporânea fazer crer que, para o homem, acreditar em Deus ou não acreditar, são atitudes equivalentes, com igual sentido para o destino do homem.

2. A luz criada torna-se num símbolo poderoso do mistério de Deus, ao ponto de se poder dizer que Deus é luz, com a mesma força com que se afirmará, no Novo Testamento, que Ele é amor. A luz e o fogo são sinais da presença de Deus. Sempre que Este se manifesta fá-lo envolto na luz e no fogo. O Livro da Sabedoria une, na mesma realidade divina, Deus, a sabedoria e a luz. A sabedoria “é um sopro do poder divino, a efusão puríssima da glória do Todo Poderoso… É um reflexo da luz eterna (…) Ela é, com efeito, mais bela que o sol, ultrapassa todas as constelações, comparada com a luz, ela leva a melhor” (Sap. 7,25-29). Deus veste-se de luz (Sl. 104,2) e aqueles que, como Moisés, contataram com a intimidade de Deus, ficaram com o rosto luminoso (cf. Ex. 34,30).
Esta identificação entre Deus e a luz é explícita, no Novo Testamento. São João afirma-o claramente: “Deus é luz, n’Ele não há trevas” (1Jo. 1,5). Jesus diz de Si Mesmo: “Enquanto eu estiver no mundo, sou a luz do mundo” (Jo. 9,5). “Quem Me segue não caminha nas trevas, mas terá a luz da vida” (Jo. 8,12).
A identificação de Cristo com a luz é uma afirmação da sua divindade e da vitória definitiva da luz sobre as trevas, da vida sobre a morte, da graça sobre o pecado. “Ele era a vida de todos os seres e a vida era a luz dos homens e a luz brilhou nas trevas e as trevas não puderam vencê-la” (Jo. 1,4-5). A ressurreição de Cristo é o triunfo da luz.
Também aqui as trevas significam a ruptura com Deus, o tentar viver separado de Deus, o que significa afastar-se da vida. Restabelecer a comunhão com Deus, em Jesus Cristo ressuscitado, participar da Sua vida divina, significa deixar-se inundar pela sua luz, ser luz em Cristo. É no batismo que somos inundados por essa luz e todo o caminho da fidelidade cristã consiste em não impedir essa luz de brilhar, para que ilumine os outros. Foi por isso que o Concílio definiu a Igreja como “luz dos povos” (LG. n.1), porque nela deve brilhar no mundo a luz de Cristo.
A vitória da luz sobre as trevas é uma longa caminhada, significada nesta vigília, onde a luz tem as honras da própria divindade de Cristo. O batismo é um mergulhar na luz, deixar-se penetrar por ela, de modo a que possa sempre vencer as trevas que persistem em nós. Mas esta luz é Cristo; só nos iluminará enquanto permanecermos unidos a Ele, um com Ele, que nos faz mergulhar na luz de Deus.
Ao identificar Deus com a luz e com o amor, a Sagrada Escritura abre um pouco o véu da nossa vida em Deus, na luz eterna. Em vez de imaginarmos uma sobrevivência das formas que temos como seres corpóreos e materiais, é-nos sugerido que a eternidade é um mergulhar nessa fonte eterna da luz, onde só se subsiste amando. “Passará a figura deste mundo” (cf. 1Co. 7,312; G.S. n. 39).

3. Pelo batismo, a luz de Cristo penetra no coração do homem e ilumina a existência, na sua caminhada de fidelidade e de progressiva identificação com Cristo. Mas a experiência dessa luz é discreta e humilde, é a luz que tenta dissipar as trevas da nossa fragilidade pecadora. A luz de Cristo está presente, em nós, sobretudo na “luz da fé”. O Concílio afirma: “A fé ilumina todas as coisas com uma luz nova e faz-nos conhecer a vontade divina acerca da vocação integral do homem, orientando o espírito para soluções verdadeiramente humanas” (G.S. n. 11).
A fé não é uma simples escolha ou decisão da vontade humana. É um mergulhar na luz de Cristo, participando na sua ressurreição; pela fé, a luz de Cristo brilha na nossa realidade humana que, vista a uma tal luz, redescobre a verdade profunda do seu mistério. A nossa intimidade com Cristo torna-nos mais permeáveis à sua luz, que nos proporciona uma visão mais verdadeira sobre todas as coisas. Mas tenhamos consciência de que durante toda a nossa vida, esta luz da fé é uma energia que tem de vencer obstáculos. A fidelidade cristã exprime-se no esforço de nos tornarmos sensíveis à luz de Cristo.
A primeira coisa que esta luz nos faz ver de forma mais clara é o desígnio de Deus, a vontade do Senhor a nosso respeito. É luz que ilumina a nossa realidade e faz ver claro a nossa vocação e os caminhos pessoais concretos para a nossa fidelidade. A luz de Cristo faz-nos conhecer melhor Deus e o seu desígnio.
A nossa identificação com Cristo, leva-nos a uma visão profunda sobre o mistério do homem, sobre nós e a nossa realidade. “De fato, só no mistério do Verbo encarnado se ilumina verdadeiramente o mistério do homem” (G.S. n. 22). A plenitude de vida de que o homem é capaz e pela qual anseia, a sua dignidade, a exigência do amor fraterno, o sentido da vida e da morte, são iluminados por Cristo ressuscitado.
A “luz da fé” vem ao encontro de outras luzes de que o homem é dotado, de modo particular a da inteligência. A “luz da fé” faz brilhar, com maior intensidade, a luz da inteligência, tornando-a capaz de penetrar no mais íntimo da realidade. O nosso coração e a nossa vontade são particularmente iluminados por esta luz, que faz desabrochar, assim, a consciência moral, isto é, a busca da vida como procura dos caminhos do bem, do amor, da justiça e da paz.

O MC DE ASSIS É OBRA DE LUZ

Os cristãos são chamados a serem luz do mundo (Mt 5,14) que afugenta as trevas nele presentes. Os simpatizantes, amigos e membros do MC são chamados, de maneira especial, a resplandecerem nas trevas do ódio, das mentiras e das injustiças do mundo atual, para que o amor renove os nossos corações e santifique a nossa vida.

" A Igreja Carismática, Igreja Santa, Igreja de Amor...grita-o a todos: É com amor que estou para chegar. Somente por amor eu posso restaurar as coisas e o estou fazendo com todos vocês. Como a luz resplandece nas trevas...Assim vós, também, resplandecereis sobre o ódio do mundo..."

A partir do seu carisma de fundação, o MC compreende que o amor à verdade e à justiça é fundamental para a sua própria vida e quer partilhar com os outros segmentos da Igreja o que o Senhor lhe revelou a respeito disso.

"Ajudai-nos a trazer à superfície a verdade, toda a verdade, em todos os nós sociais, religiosos, morais, que impedem que ela venha à luz."

O MOVIMENTO CARISMÁTICO DE ASSIS (MC), OBRA DE DEUS

O Movimento Carismático de Assis (MC) surge no meio do povo de Deus como um presente, uma dádiva de amor do nosso Deus que deseja despertar, por meio dele, o interesse, a abertura e a acolhida dos carismas e profetas, que o Espírito Santo revela e suscita no meio do povo de Deus e nas diferentes culturas.
O MC é obra de Deus. Quem participa do nosso Movimento sabe muito bem como é verdadeira esta afirmação, pois desde o começo esta obra pertence ao Senhor, que se serviu de Franca, uma pobre mulher italiana, mãe de família, sem muita instrução para fundar este Movimento.
Muitos foram os apelos lançados pelo SDenhor ao coração de Franca, para que a Hierarquia da Igreja Católica e de outras Igrejas cristãs e não cristãs acolhessem o pedido inicial de fundar uma " associação" de almas agraciadas por dons extraordinários.

" Gastai-vos por Mim, é urgente sobre a terra o Movimento Carismático. Realizai esta idéia de meu Pai, início da Era do Espírito Santo..."

Dentro de suas possibilidades e limitações, Franca tentou sensibilizar os padres, pastores e bispos das Igrejas, para que acolhessem esta obra de Deus. Para ter certeza de que esta obra fosse verdadeiramente um pedido de Deus, o padre espiritual pediu à Franca que o Senhor confirmasse esta obra com alguns milagres, que de fato se realizaram.
Deus nunca age na história humana sem pedir a colaboração de suas criaturas. Assim suscitou aos poucos pessoas, que, acreditando nesta obra, se uniram à Franca, para apoiar esta iniciativa do Senhor. Estávamos entre os anos de 1966 e 1967 e foi extamente em 29 de agosto de 1967 que se "acendeu" em Assis a primeira chama do Movimento Carismático", quando Franca participava da Santa Missa na Igreja de São Rufino, em Assis.

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