sexta-feira, 25 de novembro de 2011

7. ATUAIS DIFICULDADES DE REALIZAR ESTE DISCERNIMENTO



7.1. Por parte dos confidentes

Na hora de discernir o seu carisma, para os confidentes podem surgir estas dificuldades:

- Não ter paciência de entrar neste processo de discernimento, achando que pode prescindir do mesmo.
- Não ter a humildade de submeter toda a sua experiência de fé ao próprio pároco ou bispo.
- Não acreditar na ação de Deus com sua Hierarquia, por conhecer os defeitos, os limites e até as fraquezas de seus membros.
- Absolutizar o fato extraordinário, como se todo o resto de nossa fé não tivesse mais valor e tudo o mais fica em segundo plano.
- Não querer acatar as decisões da Hierarquia e querer desobedecer, sobretudo quando a proibição se limita ao uso simplesmente do dom.

7.2. Por parte da Hierarquia

Na hora de assumir o discernimento de confidentes a Hierarquia, por sua vez, pode se confrontar com estas dificuldades:

- Pensar que, diante de tantos desafios pastorais existentes, está se perdendo tempo em pensar nestas coisas.
- Não saber como realizar um discernimento destes fatos por falta de critérios objetivos, por pouco apoio e estímulo do ambiente.
- Não ter pessoas preparadas para esta tarefa. Até mesmo o bispo pode encontrar-se em dificuldade por causa de certo desconhecimento de tais fatos e da forma mais apropriada para enfrentá-los pastoralmente.
- Ter preconceito contra tudo que for extraordinário, por causa de certa educação racionalista, que impede de perceber algo que supere a lógica dos nossos esquemas.
-  Não saber dar disposições pastorais apropriadas para o povo que pode ficar confuso, sem entender a posição de seus padres e de seus bispos.

7.3. Por parte do padre espiritual

A difícil tarefa de acompanhar e orientar um confidente, pode também oferecer ao padre espiritual uma série de dificuldades, como por exemplo:

- Ser superficial em analisar as coisas e precipitado em emitir um parecer que não lhe compete.
- Não estar preparado para guiar um confidente e não saber como conduzir um fato carismático.
- Fazer pressões sobre o confidente ou reservar para si só o privilégio de acompanhar e beneficiar-se dos dons que o confidente apresenta.
- Deixar-se conduzir pelas pressões ou reações do clero local ou do seu bispo, que não aceitam estas coisas.
-Não ter tempo para dedicar-se ao estudo das mensagens ou dos fatos extraordinários, ficando num acompanhamento muito superficial do confidente.
- Amar os carismas mais do que a verdade, deixando-se assim levar pela pressa de julgar positivamente os fatos, sem nenhuma atitude crítica.

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