Setembro de 1967
Desde
muito tempo, o Senhor me diz freqüentemente esta frase que para mim, a
princípio, era incompreensível: “Tu és a minha Missa!” – “Franca, tu
és a minha Missa, este é o título mais nobre que Deus possa dar a uma alma!”
E eu, ignorante como sempre, estou sempre a perguntar-lhe: “Por que, Senhor?” E
me explicou: “A Missa é o sacrifício contínuo pela humanidade”, Ele está
crucificado na Hóstia, eu estou crucificada na minha vida conjugal.
Amo tanto a Deus, eu não faço senão pensar de que modo
posso fazê-lo contente, porque sofro tremendamente quando me dou conta de ter
cometido ainda que um só pecado venial! Mas, só Deus é perfeito! Voltei faz
pouco de Assis e penso muito no belíssimo encontro com Gabriela. Este encontro
foi querido pelo próprio Jesus. Quanto nós rezamos, quanto pedimos a Jesus e
Maria pelos videntes!
Mas,
a coisa mais bonita foi a celebração de uma Missa, na basílica de S. Rufino,
celebrada justamente pela igreja carismática. Durante a cerimônia, tão íntima
entre nós, éramos quatro “gatos pingados”, fiquei comovida. Era precisamente o
dia 28 de agosto de 1967, 10:30 h. Jesus na Comunhão me disse: “Eis que hoje
se acendeu a primeira chama da igreja carismática! Diz isto também para
Gabriela”. Senhor, me disseste, faz tempo, que Tu me farias encontrar almas
de fenômenos extraordinários. E que dizer dos padres conhecidos em Assis? E em
Brescia, Irmã Amábile com aquele canarinho tão curioso para a sua devoção!
Jesus, Amor, Tu és o único que nunca me enganaste. Vida, minha vida, eu te amo!
Se não estou com Jesus no pensamento sinto quase náusea. Gosto de estar com o
próximo enquanto posso servi-lo ou ajudá-lo em alguma coisa. Mas, depois, no
tempo livre, estou bem só com Deus. Sinto-o no profundo do coração. Ontem,
disse-me: “Minha Franca, me fazes bem quando me renovas todo o teu amor! Eu,
de fato, não sei o que fazer de um coração pela metade. Quero-o todo, porque a
Vós eu me dei todo”.
Setembro
de 1967
Ontem, expressei ao Senhor o meu descontentamento por ser
tão gorda. Para dizer a verdade, eu como sempre as sobras, na mesa tem sempre
alguém que não quer isto ou aquilo e eu não quero ver desperdiçada a
providência de Deus! Assim, uma vez que o meu Amigo me ouvia, eu lhe fiz minhas
queixas e Ele: “Minha Franca, por que te lamentas por seres tão gorda? Além disto,
és o templo do Espírito Santo, não estás contente de seres uma grande
catedral?”! Por que, então, queixar-se? O resto é vaidade das
vaidades.
14 de setembro de 1967
Hoje
devo escrever um coisa tremenda no meu diário, se bem que para mim é sempre a
vida. Ontem, entre as 21:30 e 22 horas do 13 de setembro, enquanto subia para o
quarto (no interior a cozinha é em baixo e os quartos em cima) estava apoiada
sobre a grade olhando o céu para elevar um enésimo “glória” ao meu Senhor.
Tinha, em seguida, olhado em terra, para além do meu jardim, e se me apresentou
Ele, o meu Amigo; eu vi que era muito triste, belo e cheio de dignidade, e
orava. Estava compositamente sentado sobre uma pedra, olhava-me de vez em
quando, mas era taciturno, de fato não me disse nada, mas entendi que se deve
rezar muito, talvez eu tenho que intensificar mais a oração. Tinha olhos que
não se podem comparar, neles havia o azul do céu e o sol do dia. Vestido de
branco, com uma veste longa com as mangas três quartos arregaçadas. Nos meus
fenômenos místicos tenho-o visto até agora vestido de branco. Sofri muito ao
vê-lo contristado! Oh, quanto o amo, amo-o loucamente! Às vezes me parece não
poder viver sem a sua presença real. Talvez ele sofra porque não se apressa
oficialmente a Igreja Carismática? Ou sofre pelos grandes pecados de hoje em
dia? Não sei, Jesus, mas o meu coração sofre se Tu sofres! Ofereço-Te todas as
minhas potências e faculdades.
14 de setembro de 1967
Neste dia, foi-me sugerido pelo
Espírito rezar freqüentemente a oração do “Magnificat”, aliás, quer que eu a
memorize. Fá-lo-ei sem dúvida. “Ajuda-me, Senhor, a manter a minha promessa!” O
meu Amor é Jesus, o amo muito. Disse-me: “Franca, tu és a minha pequena pílula”
e eu como sempre “Por que, Senhor?” e Ele me explicou: “A pílula é algo
pequeno, muito pequeno, mas pelos efeitos... estrepitosos”! Às vezes me
pergunto como consigo entender, ignorante como sou, este neologismo que o meu
Dileto usa comigo.
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